domingo, 7 de agosto de 2011

A primeira prova ninguém esquece


Quinta-feira, 9 de julho de 2010, Autódromo de Interlagos São Paulo - Brasil.
Minha primeira prova oficial, com camisa da prova e tudo. O interessante é que eu não sabia se eu me emocionava mais com o fato de estar na pista onde alguns fenômenos do automobilismo mundial desfilaram ou pelo fato de ser a minha primeira prova.

Bom, eram 7h30 da manhã, estava eu e o meu amigo louco Cassio, sua esposa Alê, que também corre e pelo menos mais umas 4 mil pessoas...

Dada a largada eu só ouvia o Cassio me dizer para tentar tangenciar, pois o circuíto que tinha 4,5 km era traiçoeiro e tinha uma subida antes da reta dos boxes que separava os "homens das crianças".

O Cassio tinha razão, a pista aparentava ser feita apenas de subidas...
Completei a primeira volta e confesso que fiquei com vontade de parar por ali mesmo e pronto, mas ainda restava a segunda volta, mais 4,5 km e eu fui lá, apertei o pé e quando cheguei na bendita subida...bom, eu literalmente vi estrelas e a aquela subida nunca acabara.

Os batimentos já passavam da casa dos 190 BPM, eu olha do lado e via muitas pessoas andando, olhava para trás e via aquele mar de gente e com muita força, que tirei não sei de onde, conegui chegar na reta, onde os monitores incentivavam com gritos de "vamos lá", "força", "você consegue"...

De fato eu consegui e terminei a minha primeira prova em 53 minutos. Ufa...

Após a corrida, muita conversa, cumprimentos, fotos, fotos e mais fotos e a sensação de vitória individual. Vitória contra os próprios limites do corpo.
Foi uma experiência inesquecível

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Acompanhamento profissional é tudo



Técnica (do grego, τέχνη (téchne) 'arte, técnica, ofício', a palavra se origina do grego techné cuja tradução é arte, portanto, a técnica confundia-se com a arte, tendo sido separada desta ao longo dos tempos) é o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm como objetivo obter um determinado resultado, seja no campo da Ciência, da Tecnologia, das Artes ou em outra atividade.

Isso tudo escrito acima foi fundamental para que eu chegasse a algum lugar correndo. Digo, eu sabia que precisava de uma ajuda profissional, pois dar uma de auto-didata já estava me deixando um tanto quanto desanimado.

No início foram algumas conversas e uma corrida leve no parque Ibirapuera para que o meu personal pudesse dar uma avaliada no meu estilo de corrida. Após isso, algumas planilhas que eram atualizadas semanalmente com os treinos da semana. No início com 3 treinos semanais, de 40 minutos e com batimentos de 165 a 175 BPM(batimentos por minuto).

A frequência dos treinos foi aumentando, bem como a minha disposição e me despedi daquelas "lesões" que me faziam parar por pelo menos duas semanas quando as coisas estavam melhorando. Não que eu não vá falar em lesões neste blog, mas isso é outro assunto. Vamos falar de lesões de gente grande mais adiante.

O que quero destacar neste post é o seguinte: se vai começar a treinar, busque ajuda profissional e não corra o risco de se machucar a toa ou até mesmo de desanimar antes de conhecer os prazeres que a corrida lhe proporciona.

Na foto deste post, o primeiro da esquerda para direita sou eu, no meio está o meu professor, Paulo e outro é o meu amigo louco Cassio.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A meta do ano era completar uma meia maratona

Maratona de Revezamento Pão de Açúcar. Esse seria o meu primeiro grande desafio e eu fui lá, junto com o Cassio, Paulo (treinador) e a galera do Twittersrun. O percurso não foi dos mais fáceis, mas sob a orientação e dicas importantes do Cassio, concluímos e foi uma experiência muito boa.

O ponto inesquecível foi que no quilômetro 18, em plena subida da av. 23 de Maio, eu soltei a pérola: "Já pensou uma picanha ao ponto neste instante..." O Cassio só não me chamou de santo, mas acho que o incentivo ajudou a terminar a prova.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Largada

Olá pessoal, hoje 26 de julho de 2011, noite de terça-feira e eu aqui sentado mas com as pernas esticadas após fazer um leve tratamento de gelo na coxa esquerda. Isso foi recomendação do meu treinador, Paulo (tio paulo), que desde março de 2010 me orienta nas corridas pelas ruas e parques de São Paulo.

Confesso que a ideia de escrever num blog, todo o treinamento e preparação para a disputa da minha primeira maratona já havia se passado pela minha cabeça algumas vezes, mas toda vez que eu pensava em iniciar, sempre aparecia outra coisa mais importante para fazer. Pelo menos era isso que eu achava.

Quem teria interesse em ler um blog de uma pessoa desconhecida, que não participou de nenhum reality show, nem escreveu livro algum sobre a vida de prostituição que passou e agora tenta emplacar de heroína, ou até mesmo um ex-jogador de futebol que fala errado a todo momento, porém é idolatrado por uma torcida apaixonada?

Difícil, mas a intenção não é atrair anunciantes, tampouco chamar atenção, mas sim registrar um pouco da determinação de um rapaz, com alguns cabelos brancos, mas ainda jovem de espírito, com muita vontade de vencer. Opa, vencer o que? Ah! Vencer os próprios limites, os paradigmas e provar para ele mesmo que é capaz de se superar e alcançar mais esse objetivo.

Pensando bem, acho que vou mudar o nome desse blog para "Dentes cerrados", ou "Com a faca entre os dentes", quem sabe "O teimoso"...
Isso não é importante agora, porque várias ideias chegam, mas querem fugir rapidamente, portanto tenho que ser rápido com os pensamentos e com os dedos também, senão eu posso ser o último a chegar.

Sem me alongar demais, vamos direto ao ponto. Eu tenho um amigo louco e acho que todos conhecem ou também são amigos de algum louco. O legal disso tudo, é que ele é louco mesmo e de vez em quando eu embarco nessas loucuras dele. Tenho me dado bem.

Ao vir morar em São Paulo em fevereiro de 2006, tive que me readaptar a muitas coisas, trabalhando muito, pouco lazer e uma insegurança muito grande de ter tomado uma decisão de morar numa cidade onde ninguém conhece ninguém e todos se conhecem ao mesmo tempo, mesmo que fechados naquele mundinho do trabalho. E foi neste mundinho que eu me fechei, pois não tinha amigos de infância, adolescência, juventude.

Uma das minhas qualidades é a de me dar bem com a minha própria companhia, isso ajudou e muito nos finais de semana e feriados. Mas faltava alguma coisa. Sempre fui atleta teimoso e obviamente, num país que se respira futebol, eu tive o sonho de ser um jogador de futebol profissional, mas aos 15 anos numa partida de futsal com amigos do colégio, eu acabei logo com esse sonho, após fraturar a rótula do joelho esquerdo numa dividida com um goleiro. Foram quase dois anos num tratamento interminável, sem conseguir dar sequência em treinos e as famosas peladas com os amigos da rua.

Meu pai tratou logo de me dizer que eu deveria estudar, porque jogador de futebol eu não seria. Sabe que eu acreditei nele, segui o conselho e deixei essa paixão passar. Mas daí, corri em busca de outra paixão, a comunicação, o rádio e tv, jornalismo. O fato é que, direta ou indiretamente, o esporte sempre esteve na minha vida, ora eu praticando e ora falando sobre.

Voltando a capital paulista, depois de um ano, bem melhor ambientado nesta metrópole, eis que esse meu amigo louco e eu estávamos, digamos assim, um pouco "fofinhos" e a iniciativa foi dele de começar a correr no parque Ibirapuera. Olha que ele começou a levar a serio isso tudo e eu só corria aos domingos. Era bom, mas para mim, só uma vez por semana era pouco. Foi aí que ele conheceu um professor de educação física(Paulo), que formou uma equipe de corrida numa academia da zona sul de São Paulo.

A coisa estava sendo levada ao pé da letra pelo amigo louco, mas eu continuava naquela de correr somente aos domingos, sem orientação alguma e vez ou outra me machucando sozinho. Daí eu ficava uns 20 dias parado e voltava correr aos poucos novamente.
No início de 2010 resolvi contratar também os serviços do Paulo e aí a coisa tomou um outro rumo e isso vou relatar em outros posts.
Abraços e até a próxima.